Do que adianta buscar a luz no fim do túnel,
se cegos caminhamos em meio a luz artificial da vida,
nem se a luz de mil sóis queimassem a Terra,
não veríamos o brilhar e seu queimar,
mas teimamos, ainda em seu escuro, caminhar,
iguais a barata tonta, atacada pelo veneno,
envenenados pelo véu do orgulho, da desfaçatez,
queria eu, ver a rubez,
do rosto de Deus, ao ver seus filhos,
criação divina, a perambular,
em lágrimas, pedidos e ilusões,
em um mundo cheio de fascinação,
do poder, da autoridade, da ganância,
esquecemos a criança, que se esconde dentro de nós,
a morte, nosso "algoz",
nos puxará de volta a escuridão,
da alma e da matéria que ali, jaz fria,
no escuro da alma, que no fundo fica,
ou na luz tênue, do céu,
do anjo que nos guia.
por Emerson De Ossanha
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