A idade do ser
espiritual e o seu grau de mediunidade
Por Emerson de Ossãe.
Editor do blog
Entidades Ciganas da
Umbanda.
Assunto polêmico,
ditado por dos mais variados tipos de médiuns, sensitivos, velhos senhores e
senhoras instrutores teóricos dos mais variados ramos espiritualistas que
conhecemos na atualidade, será abordado por mim, nesse texto, do mais resumido
possível, sem delongas ou palavras rebuscadas, encontradas em livros
religiosos, dos mais vendidos na atualidade.
*********
Vale salientar que,
somos todos seres espirituais, vivendo uma aventura reencarnatória, sendo essa
vida terrena, apenas um pequeno lapso temporal, no caminho milenar da
reencarnação.
Há muitos anos,
séculos e milênios, vivemos outras vidas, fomos outras pessoas, tivemos outras
profissões, que no tempo, acumulamos,
experiências, das mais diversas, das boas, dharma, as ruins, carma,
sendo assim, escrito aos poucos o livro da nossa existência, física e extra
física, sim, enquanto desencarnados, vivendo no mundo espiritual, ainda
continuamos a produzir dharma e carma.
Mas vou abordar mais
especificamente, o caráter encarnado, essa encarnação, essa vivência material a
qual renascemos na atual conjuntura planetária.
Dons mediúnicos,
graduação, conhecimento e desenvolvimento da mediunidade, são vários,
encontrados em vários graus e diversas pessoas diferentes.
Não podemos
confundir, jamais, e se fizermos estaremos errando enormemente, a idade da
pessoa reencarnada, materializada no contexto terreno, com a sua idade cósmica,
idade espiritual ao qual o ser espiritual, milenar, passou e está passando no
momento atual.
A mediunidade
adquirida nos milênios passados pelo espírito reencarnante, a mais conhecida
como, MEDIUNIDADE NATURAL, é aquela que ,
normalmente em sua grande maioria, ocorre nos primeiros anos de vida,
crianças com um grau de mediunidade tão apurado, que praticamente, transbordam
toda a sua energia, que muitos “especialistas” confundem, hora com doenças
mentais, loucuras, invenções, amigos imaginários, premonições concretizadas,
porém fadadas a uma simples coincidência, esse grau mediúnico, sendo mais raro
hoje em dia, pois como diria um grande amigo e médium,
*não se faz mais
médium como antigamente.
Na sua grande
maioria, dos médiuns da atualidade, não sendo médiuns naturais, ou seja, os que
já praticamente nascem prontos, precisam apenas de uma lapidação de seus
poderes mediúnicos, sem necessariamente, recomeçar uma doutrina espiritualista
desde o começo, já que pelos seus poros, o próprio conhecimento doutrinário já
se expõe, bastando apenas, deixar fluir seu conhecimento, mas, ao contrário,
ordas e mais ordas de espíritos, que recém começam o caminho espiritual, devem
e necessitam começar desde o zero, no jardim de infância do ensinamento
mediúnico, pois, além de seus “dons mediúnicos”, estarem praticamente
adormecidos, devem ser ensinados e controlados, desde o inicio, independente da
idade material, terrena, em que o mesmo se encontra.
O ser humano, mais
velho da idade terreno, muitas vezes, está recém no inicio do caminho da
espiritualização, em relação a muitos médiuns recém nascidos no plano terreno,
que já vem com uma enorme bagagem espiritual, ensinando assim, o mais velho,
contrariando a ordem natural terrena, material, mas dando continuidade, ao
saber espiritual cósmico, esse sim, muito mais antigo e sábio que o terreno.
Sendo assim,
cotidianamente, acontecem algumas “aberrações” evangelizadora espirituais, pessoas recém saídas das
“fraldas do desenvolvimento espiritual”, querendo impor seus “saberes, lidos em
livros terrenos”, piscografados por médiuns de boa fé, tentando empurrar goela
abaixo, seus novos conhecimentos teóricos, em médiuns naturais, que além do
próprio conhecimento terreno, em conjunto com seu saber espiritual milenar,
sabem ou tanto, mas na maioria das vezes, mais que os tais médiuns teóricos.
DO QUE ADIANTA O TAL
MÉDIUM TEÓRICO, QUERER IMPOR SEU SABER ESPIRITUAL, SE DESMAIA, CORRE OU TEM
MEDO DE “FANTASMA”, QUERER DIZER COMO TEORICAMENTE O VER, ENXERGAR E SE
COMPORTAR, PARA AQUELE, QUE NATURALMENTE JÁ O SENTE, VÊ E CONTACTA,
DIARIAMENTE, COMO SENDO PARTE INTEGRANTE DA SUA VIDA?
Por isso, vos digo,
da necessidade de, além respeitarmos primeiro, o caráter individual do ser, que
com mais experiência no passar dos milênios, deve sim, sobressair sobre aquele,
que apenas adquiriu experiências dos livros, mas sem os experimentar na sua
vida pessoal.
Só pode falar de
“fantasma” com firmeza e certeza, apenas aquele que os vê pessoalmente, e não
aquele que somente os “lê’ em livros teóricos.
Cada ser vivo, cada
ser humano, é uma história pessoal, intransferível e irrevogável, cada
conhecimento aprendido, pode ser reverberado, mas não repassado em sua
totalidade, pois depende do conhecimento e experiências do receptador, que deve
estar no mesmo grau de desenvolvimento do doador.
Chico Xavier é um dos
grandes exemplos disso que digo.
Em sua infância,
falava com “fantasmas”, inclusive o de sua estimada mãe, e isso aos olhos, dos
adultos, dos mais velhos chegados a esse plano terreno, mas, porém, com muito
menos idade espiritual, era rechaçado ao ponto de algumas vezes ser taxado de
louco.
A idade espiritual
desse médium era muito mais avançada, do
que a idade do mais velho ser habitante desse plano terreno, e o que esse ser,
por mais sabedor da maior quantidade de livros, doutrinas, palestras
espiritualistas possa ter participado, o que de verdade, poderia ensinar a
verdadeira e total espiritualidade, ao jovem Chico Xavier?
Nos dias de hoje, nos
centros espíritas, muitos são os velhos doutrinadores, que só acordaram para a
vida espiritual, no entardecer do sol espiritual, e com seu parco conhecimento,
porém aos olhos dos leigos seguidores, os taxam de grandes oradores, esquecem,
e colocando em segundo planos, os médiuns do nascer espiritual amplificado,
recém chegado a esse plano.
O mais velho, deve
ensinar o mais novo, diz a máxima, porém, se o mais novo, tem muito mais a
ensinar ao mais velho, que se quebrem as barreiras do saber terreno, e enfim,
libertem a alma daqueles divinos seres espiritualizados, que os deixem reinarem e triunfarem, nos ensinarem seu
saber milenar, aprendido nos milênios de aprendizado espiritual, quem nos
trazem em sua bagagem adquirida através de doutrinas seculares, experimentados
na “carne espiritual”, ao contrário das “crianças terrenas espirituais’, que
ensinam e impõe, seus saberes, e suas
doutrinas aprendidas muitas vezes, em velhos livros mofados, que já não mais
existem nos mais altos dos céus espiritualizados.
Que entenda quem quer
entender, e que julgue, aquele que não dispõe de conhecimento necessário ao
saber.
Por Emerson de Ossãe.
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