A idade do ser espiritual e o seu grau de mediunidade, por Emerson de Ossãe

A idade do ser espiritual e o seu grau de mediunidade
Por Emerson de Ossãe.
Editor do blog
Entidades Ciganas da Umbanda.


Assunto polêmico, ditado por dos mais variados tipos de médiuns, sensitivos, velhos senhores e senhoras instrutores teóricos dos mais variados ramos espiritualistas que conhecemos na atualidade, será abordado por mim, nesse texto, do mais resumido possível, sem delongas ou palavras rebuscadas, encontradas em livros religiosos, dos mais vendidos na atualidade.
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Vale salientar que, somos todos seres espirituais, vivendo uma aventura reencarnatória, sendo essa vida terrena, apenas um pequeno lapso temporal, no caminho milenar da reencarnação.
Há muitos anos, séculos e milênios, vivemos outras vidas, fomos outras pessoas, tivemos outras profissões, que no tempo, acumulamos,  experiências, das mais diversas, das boas, dharma, as ruins, carma, sendo assim, escrito aos poucos o livro da nossa existência, física e extra física, sim, enquanto desencarnados, vivendo no mundo espiritual, ainda continuamos a produzir dharma e carma.
Mas vou abordar mais especificamente, o caráter encarnado, essa encarnação, essa vivência material a qual renascemos na atual conjuntura planetária.
Dons mediúnicos, graduação, conhecimento e desenvolvimento da mediunidade, são vários, encontrados em vários graus e diversas pessoas diferentes.
Não podemos confundir, jamais, e se fizermos estaremos errando enormemente, a idade da pessoa reencarnada, materializada no contexto terreno, com a sua idade cósmica, idade espiritual ao qual o ser espiritual, milenar, passou e está passando no momento atual.
A mediunidade adquirida nos milênios passados pelo espírito reencarnante, a mais conhecida como, MEDIUNIDADE NATURAL, é aquela que ,  normalmente em sua grande maioria, ocorre nos primeiros anos de vida, crianças com um grau de mediunidade tão apurado, que praticamente, transbordam toda a sua energia, que muitos “especialistas” confundem, hora com doenças mentais, loucuras, invenções, amigos imaginários, premonições concretizadas, porém fadadas a uma simples coincidência, esse grau mediúnico, sendo mais raro hoje em dia, pois como diria um grande amigo e médium,
*não se faz mais médium como antigamente.
Na sua grande maioria, dos médiuns da atualidade, não sendo médiuns naturais, ou seja, os que já praticamente nascem prontos, precisam apenas de uma lapidação de seus poderes mediúnicos, sem necessariamente, recomeçar uma doutrina espiritualista desde o começo, já que pelos seus poros, o próprio conhecimento doutrinário já se expõe, bastando apenas, deixar fluir seu conhecimento, mas, ao contrário, ordas e mais ordas de espíritos, que recém começam o caminho espiritual, devem e necessitam começar desde o zero, no jardim de infância do ensinamento mediúnico, pois, além de seus “dons mediúnicos”, estarem praticamente adormecidos, devem ser ensinados e controlados, desde o inicio, independente da idade material, terrena, em que o mesmo se encontra.
O ser humano, mais velho da idade terreno, muitas vezes, está recém no inicio do caminho da espiritualização, em relação a muitos médiuns recém nascidos no plano terreno, que já vem com uma enorme bagagem espiritual, ensinando assim, o mais velho, contrariando a ordem natural terrena, material, mas dando continuidade, ao saber espiritual cósmico, esse sim, muito mais antigo e sábio que o terreno.
Sendo assim, cotidianamente, acontecem algumas “aberrações” evangelizadora  espirituais, pessoas recém saídas das “fraldas do desenvolvimento espiritual”, querendo impor seus “saberes, lidos em livros terrenos”, piscografados por médiuns de boa fé, tentando empurrar goela abaixo, seus novos conhecimentos teóricos, em médiuns naturais, que além do próprio conhecimento terreno, em conjunto com seu saber espiritual milenar, sabem ou tanto, mas na maioria das vezes, mais que os tais médiuns teóricos.
DO QUE ADIANTA O TAL MÉDIUM TEÓRICO, QUERER IMPOR SEU SABER ESPIRITUAL, SE DESMAIA, CORRE OU TEM MEDO DE “FANTASMA”, QUERER DIZER COMO TEORICAMENTE O VER, ENXERGAR E SE COMPORTAR, PARA AQUELE, QUE NATURALMENTE JÁ O SENTE, VÊ E CONTACTA, DIARIAMENTE, COMO SENDO PARTE INTEGRANTE DA SUA VIDA?

Por isso, vos digo, da necessidade de, além respeitarmos primeiro, o caráter individual do ser, que com mais experiência no passar dos milênios, deve sim, sobressair sobre aquele, que apenas adquiriu experiências dos livros, mas sem os experimentar na sua vida pessoal.
Só pode falar de “fantasma” com firmeza e certeza, apenas aquele que os vê pessoalmente, e não aquele que somente os “lê’ em livros teóricos.
Cada ser vivo, cada ser humano, é uma história pessoal, intransferível e irrevogável, cada conhecimento aprendido, pode ser reverberado, mas não repassado em sua totalidade, pois depende do conhecimento e experiências do receptador, que deve estar no mesmo grau de desenvolvimento do doador.
Chico Xavier é um dos grandes exemplos disso que digo.
Em sua infância, falava com “fantasmas”, inclusive o de sua estimada mãe, e isso aos olhos, dos adultos, dos mais velhos chegados a esse plano terreno, mas, porém, com muito menos idade espiritual, era rechaçado ao ponto de algumas vezes ser taxado de louco.
A idade espiritual desse médium  era muito mais avançada, do que a idade do mais velho ser habitante desse plano terreno, e o que esse ser, por mais sabedor da maior quantidade de livros, doutrinas, palestras espiritualistas possa ter participado, o que de verdade, poderia ensinar a verdadeira e total espiritualidade, ao jovem Chico Xavier?
Nos dias de hoje, nos centros espíritas, muitos são os velhos doutrinadores, que só acordaram para a vida espiritual, no entardecer do sol espiritual, e com seu parco conhecimento, porém aos olhos dos leigos seguidores, os taxam de grandes oradores, esquecem, e colocando em segundo planos, os médiuns do nascer espiritual amplificado, recém chegado a esse plano.
O mais velho, deve ensinar o mais novo, diz a máxima, porém, se o mais novo, tem muito mais a ensinar ao mais velho, que se quebrem as barreiras do saber terreno, e enfim, libertem a alma daqueles divinos seres espiritualizados, que os deixem  reinarem e triunfarem, nos ensinarem seu saber milenar, aprendido nos milênios de aprendizado espiritual, quem nos trazem em sua bagagem adquirida através de doutrinas seculares, experimentados na “carne espiritual”, ao contrário das “crianças terrenas espirituais’, que ensinam e impõe, seus saberes, e  suas doutrinas aprendidas muitas vezes, em velhos livros mofados, que já não mais existem nos mais altos dos céus espiritualizados.
Que entenda quem quer entender, e que julgue, aquele que não dispõe de conhecimento necessário ao saber.

Por Emerson de Ossãe.

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