Existem estimativas que sugerem a existência de mais de 40 mil casas de religião de matriz africana no estado do Rio Grande do Sul.
Mais que em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Em Porto Alegre, o terreiro mais antigo de que se tem notícia foi a casa de MÃE RITA, instalado no século XIX no Campo da Várzea (atual Parque da Redenção) em frente à capelinha do Bom Fim, então em construção.

Foto: Virgílio Calegari – MÃE RITA, retrato de estúdio, final do século XIX
(acervo do Museu Joaquim José Felizardo)
Foi citado por Achylles Porto Alegre como um dos batuques mais populares da cidade.
Após a abolição, muitas famílias negras ocuparam os fundos da chácara dos Mostardeiros, formando ali a COLÔNIA AFRICANA, onde surgiram muitas casas de religião.
Os rituais sempre eram dirigidos pela mãe ou pai de santo, cultuavam os orixás e os cânticos eram entoados em jêje, ijexá, oió e nagô, línguas de raiz africana.
Essas casas tiveram papel importante como local de resistência, proteção espiritual e sociabilidades, contribuindo para a consolidação da identidade cultural da população negra urbana.
O povo de santo é, entre os povos tradicionais brasileiros, o que melhor construiu uma identidade: o POVO DE SANTO ou POVO DO AXÉ.
Os terreiros combinaram, para sua preservação, o saber tradicional africano com o saber tradicional europeu e o conhecimento indígena.
Criaram um modo de vida em que há lugar para todos, existe abrigo, comida, ocupação e trabalho para todos, e todos são respeitados, porque todos os seres humanos tem um ori que tem seus orixás de guia.
FONTE. PORTOHISTÓRIA PH
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