PRETA MINA ( AFRICANISMO EM PORTO ALEGRE) UMBANDA GAÚCHA

Em 1884, antes da Lei Áurea, a Câmara Municipal decretou o fim da escravatura em Porto Alegre. Livres, porém com um custo: muitos dos ex-escravos deveriam servir aos antigos senhores por mais três a cinco anos… 

O rumo dos libertos para construir um caminho foi o Mercado Público da capital gaúcha. Ali vendiam mercadorias ou encontravam empregos informais. As PRETAS MINAS conquistaram espaço para seus tabuleiros na área central do mercado. 
O termo MINA englobava todos os grupos étnicos de africanos traficados para o Brasil através do entreposto de São Jorge da Mina, uma fortaleza situada na atual República de Gana. A maioria pertencia às nações Nagô e Jeje, mas eram genericamente chamados de MINAS. 
Quando o Mercado Público foi reformado e os tabuleiros removidos, as PRETAS MINAS saíram dali mas deixaram marcas profundas na história e no perfil do local. O mocotó, por exemplo, continua sendo uma das refeições mais procuradas no inverno porto-alegrense, e os artigos religiosos e as ervas medicinais conquistaram um lugar significativo no comércio.

Foto: Virgílio Calegari – Preta Mina, década de 1890 (acervo Museu Joaquim José Felizardo)

FONTE.PORTOHISTÓRIA PH

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