Eu sou o senhor do meu destino,
comandante de minha própria razão,
minha alma vagueia sem parar,
por ondas sem fim, no infinito mar,
infinito mar do amor e da ilusão.
Meu espírito tem a força do trovão,
tenho o fundamento da hora tardia,
que embasa meu saber, em meu karma, em minha rebeldia.
Sou escravo de meus sonhos,
de meus quereres até os mais sombrios,
mas aguardo o calor do alvorecer,
depois de cada noite de frio,
depois de cada noite de solidão,
em pleno novo século,
sem uma gêmea alma,
com um vazio no coração.
O emblema de ternura, que estampo na minha mente,
briga, luta e devora a minha alma com o tempo,
tempo de saciar a eterna luta do ser,
hora triste, louco e demente
hora feliz, amante e inocente.
Pois todos sabem, não me levem a mal,
de doutor e louco, todos temos um pouco,
mas para viver na solidão da vida terrena,
quando se tem a fé, nenhuma alma é pequena,
me embrenho na história do karma,
as vezes com sangue nos olhos,
mas com vontade de viver uma vida mais amena.
E por tudo isso, digo, sou o senhor do meu destino.
Por Emerson C Matos
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