Umbanda
Trata-se de uma religião espiritualista e espírita, desvinculada de mitos, lendas e crendices, que tem seus fundamentos no monoteísmo Divino, isto é, na existência de um único Deus, gerador e sustentador de tudo e de todas as coisas, inclusive de suas Forças Superiores Divinas – os Sagrados Orixás – Divindades de Deus responsáveis por reger, adaptar e guardar suas exteriorizações. A finalidade da Umbanda é gerar condições para a evolução dos espíritos encarnados e desencarnados a ela ligados e a extinção de carmas individuais ou coletivos, sendo carma a resultante (conseqüência) de procedimentos (atos) errôneos quanto ao trato dos sentidos íntimos, pessoais ou alheios. É uma religião que acredita na reencarnação dos espíritos, servindo esta forma como um meio de evolução e possibilidade para realizar resgates carmáticos. Em 2009, ano em que a Umbanda completa 100 anos, estima-se que já tenha conquistado cerca de 20 milhões de seguidores no País, embora estatísticas oficiais apontem um contingente bem menor. “Muitas pessoas preferem omitir, por vergonha, porque acreditam que ainda existe muito preconceito. É importante esclarecer que a religião Umbanda não mata nenhum tipo de animal”, revela Pai Salum, da FUCESP – Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo.
De acordo com Pai Salum, o sacrifício de animais origina-se das raízes
africanas do Candomblé, mas é totalmente desencorajado pela Umbanda
brasileira.
“Para ingressar na nossa Federação, avisamos que não vamos defender
quem matar qualquer tipo de bicho. Não apoiamos a matança de animais.
Assim como os Espíritas, acreditamos que os animais são seres vivos e
possuem alma”, esclarece Pai Salum.
Espiritismo
Diferente do que muitos imaginam o Espiritismo não é uma nova religião,
disputando a fé popular. Allan Kardec, nome que assina as obras
espíritas, como O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo
e O Livro dos Médiuns é um pseudônimo do professor Hipolyte Rivail,
que, por volta de 1855 pesquisou a comunicação com os espíritos.
Rivail criou um instituto de pesquisas, dialogou com espíritos sábios e
benevolentes, estudiosos da espiritualidade, e recolheu valiosos
conceitos sobre os mais diversos ramos do conhecimento, inclusive sobre
as características físico-químicas próprias da matéria em seu estado
espiritual, constituindo os corpos dos Espíritos e o Universo que eles
habitam. Após codificar toda essa gama de informações, publicou seus
livros assinando-os com o pseudônimo Allan Kardec, pois o conteúdo deles
é a doutrina dos Espíritos e não de sua autoria. Em seu ponto de
partida, o Espiritismo é uma ciência, dedicada a estudar os Espíritos e
sua relação com os homens.
“Para o Espiritismo, os animais são seres espirituais evoluindo por
meio da transmigração, sem ainda possuir a consciência de si mesmo
característica do homem. Um dia, quando ganharem a liberdade de escolha e
uma consciência contínua, reencarnarão como homens. Como intuiu
Francisco de Assis, os animais e plantas têm uma natureza que os
aproxima dos homens. E numa figura poética extraordinária, os chamou de
irmãos”, revela Paulo Henrique de Figueiredo, pesquisador do Espiritismo
há 25 anos, autor da obra Mesmer, a ciência negada e os textos
escondidos e publisher da revista Universo Espírita.
Segundo a Doutrina dos Espíritos, os animais domésticos, como cachorro,
gato, cavalo, macaco, possuem uma constituição neural superior e uma
inteligência relativa mais acentuada. Possuem uma longa trajetória de
convívio com os humanos, estabelecendo instintos sociais compartilhados.
“Há dezenas de milhares de anos, os cachorros vigiavam as comunidades
humanas durante a noite e, em troca, recebiam alimentos e companhia.
Além disso, os animais possuem uma alma que tem a mesma origem da alma
humana. Por isso, a afeição que sentimos por eles é natural e benéfica
ao relacionamento familiar”, avalia Figueiredo.
Para o Espiritismo, se os animais estão em evolução, podemos
auxiliá-los em sua trajetória quando agimos com ética e responsabilidade
no relacionamento que estabelecemos com eles. “Por isso, é importante
ensinar as crianças a cuidar bem dos animais, dar a eles carinho e
proteção. Já os adultos, precisam refletir sobre o estado de crueldade e
escravidão a que estão submetendo os animais destinados ao consumo
humano, como bois, porcos e galinhas. Nas granjas, os animais são
tratados como coisas sem alma, da mesma forma que os escravos eram
considerados na idade média. A escravidão humana está quase extinta, um
dia a humanidade terá consciência suficiente para libertar também os
animais”, adverte Figueiredo. Fonte/PapodePet
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