Rogério Ferrari e seus “Ciganos”

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“Ciganos” é o álbum fotográfico de Rogério Ferrari sobre comunidades ciganas na Bahia
É parte do projeto independente Existências Resistências – Fotografias realizadas em lugares próximos e distantes, onde homens e mulheres lutam para mudar e melhorar suas vidas.
O Projeto Existências-Resistências inclui registros sobre a vida dos palestinos diante a ocupação israelense(2002); dos campos de refugiados do Líbano e Jordânia(2008); dos curdos em Diyarbakir, sob repressão turca(2002/2003); dos Zapatistas, em Chiapas, México(1996/1998); do povo do Saara Ocidental nos campos de refugiados de Tindouf-Argélia; nos territórios ocupados pelo Marrocos(2008); do MST no Brasil(2006/2007); do povo Mapuche, no Chile; e dos Ciganos, na Bahia.
O povo que nós chamamos de ciganos (o nome correta seria Rom ou Roma, daí a Romênia como seu principal local de difusão), por sua cultura baseada na tradição oral, costuma rejeitar o registro de seus membros, incluindo a fotografia. Isso é importante para um povo perseguido há milênios e consequentemente temeroso da identificação das comunidades Roma. Mas, por outro lado, não preserva a memória fora dos corpos. Esse é um dos motivos porque sabemos exatamente por livros, filmes, fotos e até seriados de TV quantos judeus foram mortos no Holocausto (os judeus chamam o registro de sua história antiga de “sagradas escrituras”) e nem o maior especialista em mortes pelo nazismo consegue dizer aproximadamente quantos Rom foram assassinados no Porraimos (o extermínio dos ciganos nos campos de concentração nazistas). Estima-se que o número esteja entre 500 mil e 1.5 milhão mas pode, inclusive, ser bem maior.
Como diz Ferrari, “A fotografia é algo que nos pega pela mão e diz, venha ver”

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