Essa linda história abaixo achei aqui e peço a permissão desse mestre para reconfigurar é por uma boa causa.
Um jovem chamado Alad procurou um Mestre com o desejo de alcançar
a iluminação. E o que ele tinha mesmo era desejo, e não vontade,
porque, na verdade, ele estava era curioso para saber alguma coisa
a respeito do poder mágico de um enorme diamante que o Mestre usava
para corrigir as falhas de caráter nas pessoas durante as misteriosas
sessões que dirigia. Falava-se ainda que com esse diamante qualquer
um poderia realizar o milagre que desejasse. E então, Alad se apresentou
na casa do Mestre. Este, depois de um olhar longo e penetrante,
aceitou que ele ficasse em sua ermida durante um ano. Sua função
seria a de porteiro. Um
mês depois, o Mestre, que não lhe dirigira mais a palavra, convocou-o
para cuidar da porta de um salão onde haveria uma Sessão.
Advertiu-o,
porém, de que não olhasse para dentro nem permitisse que outras
pessoas o fizessem. Alad
foi então para o seu posto guardar a porta do salão. Algum tempo
depois, começou a ouvir ruídos estranhos: suspiros, gemidos, choros
e movimentos bruscos. Havia uma sensação misteriosa de energia sendo
liberada...
– Que estranho! – pensou Alad.
E deixando-se levar pela curiosidade, olhou pelo buraco da fechadura. Ficou assombrado com o que viu: uma luz tênue na sala, o Mestre caminhava por entre os discípulos, levando na mão um enorme diamante de formas perfeitas: o diamante mágico, que brilhava com um etéreo esplendor! Um a um, o Mestre tocava a todos na fronte com o diamante. Alguns gritavam, outros debruçavam a cabeça sobre a mesa em êxtase. Era, enfim, uma verdadeira catarse. E, quando cada um deles era tocado, faíscas de energia saíam das mãos do Mestre... Alad ficou perplexo:
– Que estranho! – pensou Alad.
E deixando-se levar pela curiosidade, olhou pelo buraco da fechadura. Ficou assombrado com o que viu: uma luz tênue na sala, o Mestre caminhava por entre os discípulos, levando na mão um enorme diamante de formas perfeitas: o diamante mágico, que brilhava com um etéreo esplendor! Um a um, o Mestre tocava a todos na fronte com o diamante. Alguns gritavam, outros debruçavam a cabeça sobre a mesa em êxtase. Era, enfim, uma verdadeira catarse. E, quando cada um deles era tocado, faíscas de energia saíam das mãos do Mestre... Alad ficou perplexo:
–
Que espetáculo surpreendente! – pensava. – Isto é o que quero! Posso
tornar-me grande e estender a todos essa grandeza! O diamante divino! Por isso é que o Mestre pediu
que eu cuidasse da porta: eu sou o que sabe guardar esse tesouro
sagrado! E
começou então a formular um plano para furtar o diamante do Mestre. –
Poderei usá-lo para transformar o mundo: um trabalho muito maior
que o de ajudar um pequeno grupo de buscadores! Semanas
depois, Alad viu sua oportunidade surgir. Descobrira que o Mestre
guardava o diamante numa caixa de madeira ao lado de sua cama. Conseguiu
entrar em seu quarto em hora avançada da noite e pegar a caixa. De
posse do diamante, decidiu marcar uma Sessão já para a noite seguinte
com a família e amigos, na qual mostraria o extraordinário poder
da preciosa pedra. As pessoas iriam compreender a grandeza do que
ele tinha sob seu controle!
No
momento da Sessão, Alad vestia uma longa túnica branca. As luzes
eram tênues e havia um incenso perfumando o recinto. Quando todos
haviam fechado os olhos, pegou cuidadosamente o diamante da caixa.
Começou então a mover-se entre os presentes de forma cerimoniosa,
tocando a fronte de cada um como havia feito o Mestre. Mas logo
se deu conta de que nada acontecia, permanecendo todos em silêncio,
sem mover-se. Quando as lâmpadas voltaram a se acender, alguns começaram
a rir, e logo todo o auditório estava às gargalhadas. Alad não compreendia
em que havia falhado...
Na
noite seguinte, ele foi para uma cidade vizinha e realizou outra
Sessão. Nada. De novo as pessoas acabaram rindo. Ele estava mortificado... Depois
disso, Alad recolheu-se em sua casa durante muitos dias, olhando
com mau humor o diamante e perguntando-se o que havia acontecido.
Quanto mais o olhava, menos ele brilhava e mais opaco se tornava.
Um dia, por fim, Alad exclamou: –
Este diamante não vale nada! Nem sequer é belo! Por que é que quando
estava nas mãos do Mestre...
E
recordou-se da formosura com que a grande jóia havia brilhado e
cintilado, plena da luz que brotava dos dedos do sábio... De repente,
o jovem Alad saiu de seu sono e compreendeu tudo afinal: o poder
do diamante não provinha do diamante, mas sim do Mestre! A pedra
preciosa era só um instrumento, uma jóia resplandecente usada por
ele... Que deveria fazer agora? Pensou em vendê-la e fugir, mas
acabou desistindo, pois sabia que devia devolvê-la... Dias
mais tarde, vencendo seu medo, regressou à ermida do Mestre. Este,
assim que o viu, lhe perguntou: –
E então: conseguiste transformar o mundo?
Alad,
tremendo, respondeu: –
Senhor, eu... levei seu diamante... O
Mestre então lhe disse: –
Mas o diamante não é mais meu do que teu, meu jovem ladrão. O que
ele faz é captar o esplendor do Eterno. A luz que emana dele pode
transformar o caráter de um discípulo, melhorando-o. Vês? Inclusive
a ti ele mudou. Teu desejo impuro fez com que ele perdesse seu esplendor,
seu poder... Mas, assim mesmo, quando te lembraste da luz, te tornaste
humilde e pudeste regressar a mim. Então, responde: pode um ladrãozinho,
apesar de tudo, converter-se num santo?
E
dizendo isso, o Mestre sorriu pela primeira vez ao discípulo corrigido: –
Procura, pois, encontrar a origem de tudo o que brilha. No diamante
não poderás encontrá-la.
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