CASAMENTO CIGANO



Casamento cigano é realizado em Morro da Fumaça
   


Desde segunda-feira, 9, aproximadamente 45 barracas estão acampadas no pátio do CTG Herança do Velho Pai para os festejos do casamento de Alexandre Estevo e Daiani Costh.







Aqueles que pensam que os ciganos vivem apenas perambulando de cidade em cidade, sobrevivendo de vendas e "tirando a sorte" nas mãos das pessoas não imaginam como é um evento matrimonial deles.
O casamento de Alexandre e Daiani prova que folia e fartura também existem na cultura deles. Segundo o pai da noiva, Alex Costh, foram comprados 2.500 litros de chopp e mil quilos de carne para a festa que iniciou na última de segunda-feira, dia 9, e vai até a madrugada desta quinta-feira.
“Nós estamos em mais de 50 famílias, tem gente do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, até do Uruguai”, conta Costh. Ele explica que, diferente do casamento brasileiro, onde os convidados dão presentes como eletrodomésticos e roupas de cama, por exemplo, na cultura deles o presente é em dinheiro.
“Cada um dá no mínimo R$ 300,00. Eu como pai da noiva dei jóias e o vestido, e os pais do noivo bancaram o casamento”, revela Alex, que é italiano, mas criado por ciganos. Além disso, os pais dos noivos dão uma casa e uma camionete 0 km para os noivos iniciarem a vida de casados.
Entenda o cerimonial
Na segunda-feira, primeiro dia do casamento, ocorre a recepção dos convidados, com músicas e festa. Foram contratadas duas bandas que animam os três dias de festa.
No segundo dia ocorre a cerimônia de noivado, com canções e danças típicas ciganas.
E no terceiro dia ocorre a cerimônia de casamento, com a recém-casada vestida de noiva. Após a cerimônia os noivos vão para a barraca onde esperam o presente dos convidados. Para a entrega do dinheiro dos convidados é feito um circulo onde os homens põe o dinheiro e bebem um gole de chopp e na língua húngara eles dizem: “Saúde e sucesso no casamento”.
“Eu estou feliz por estar casando. Já temos nossa própria casa”, conta Daiani. Já o noivo é mais sentimental. Com sorriso no rosto ele arrisca. “Vai dar certo nosso casamento, quando vi ela pela primeira vez em um casamento já rolou a química”, garante.
Casamento movimenta economia local
Além de salões de beleza, lojas de roupas e de calçados acabaram lucrando com o casamento. Segundo Maria de Fátima Ronzane, gerente da Talismã Calçados, foram vendidos muitos calçados para o evento.
“Nós recebemos uma grande demanda de pessoas à procura de sapatos para este casamento, eram homens, mulheres e crianças”, informa a gerente.





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