Ausência.


Quando te assentares à beira-mar 

E lançares um olhar para o infinito 

Com o vento a soprar-te o rosto, 

Lança-me um pensamento 

Ou lembra de um poema que te fiz, 

Pois onde quer que eu esteja, 

Seja aqui ou em um mundo ausente, 

A sutileza de um arrepio tocará meu espírito 

E eu serei intimamente feliz. 

Feliz como teus olhos que fitam o oceano 

E observam maravilhados o vôo da gaivota. 

Feliz como teus seios em minhas mãos distantes,

 Como o teu beijo em minha boca nula, adormecida. 

Ama-me nesse instante único, 

Onde o universo se desnuda a tua frente 

E as ondas da maré cheia 

Trazem o sussurro do meu suspiro aos teus ouvidos. 

Ama-me amor; ama-me, 

Enquanto sou vento, enquanto sou gaivota, 

Enquanto sou nulo e adormecido.  


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