Profetiza baiana fala sobre revelação do futuro através dos búzios

Mensageiros do destino: jogo de búzios prevê o futuro




A 'Bahia de Todos os Santos' é a terra de visionários. E para saber o que pode vir a acontecer na vida é preciso ficar atento aos mensageiros do futuro. Nas religiões de origem africana, como o candomblé, os profetas são os orixás. A equipe do Globo Repórter conheceu uma profetiza de carne e osso: a Iyalorixá mãe Stella de Oxossi.
Mas o futuro estaria na revelação dos búzios. "Não é adivinhação. É divinação. Você evoca os superiores, o divino. E, ali, por graça do próprio divino, você tem condição de fazer uma leitura", explica mãe Stella.

Se a pessoa quiser saber da saúde, mãe Stella abre o jogo. “Eu ponho os búzios. Nós podemos ver. É o que chamamos de Odu. Odu é o destino", diz. "Tem gente que vem aqui e fala: mãe Stella, meu filho vai fazer o vestibular, será que ele passa. Se ele estudar é evidente que ele passa. Nós temos obrigação de nos preparar para o futuro", relata.
O repórter Edney Silvestre pede um conselho para mãe Stella para enfrentar o dia a dia e olhar para o futuro. “Olhar para o futuro é difícil daqui, você colocar sua visão lá, lá, lá. A gente prepara o nosso futuro praticando boas ações", declara a mãe Stella.
Mas o futuro ainda é uma surpresa até para ela. “Eu nunca pensei na minha mocidade que hoje, aos 86 anos, eu estaria aqui na casa de Xangô fazendo uma reportagem para a televisão, do porte como a de vocês. Você, um menino branco, estaria assim, tête-à-tête comigo batendo um papo. Você vê que tudo no mundo muda. O mundo é mutável. Tanto que nós temos as estações noite e dia. Senão, seria um cansaço só".
Foi em Salvador que o Globo Repórter conheceu a Denise Dinigre, uma ex-professora que ficou gaga aos três anos de idade e se curou. “Cresci com uma dificuldade de me expressar, de me comunicar. E, ao mesmo tempo, desejando ser muito feliz. Quando aos 18 anos eu tive a oportunidade de ver o meu mapa, eu entendi o processo", conta a terapeuta holística.
No mapa astral de Denise, estava escrito que ela tinha um problema afetivo com a mãe. “Se você resolver essa questão, através do perdão, através de uma transformação dessa relação, a sua gagueira vai passar e você vai poder expressar de uma forma mais criativa o seu mundo interior. Então, eu passei a pintar mais, a escrever mais".
Hoje, Denise tem uma profissão: é terapeuta holística. Ela usa várias técnicas e jogos, que parecem brinquedos, mas são poderosos. “O que a gente quer para o futuro da gente. A gente é o diretor. Cada um é o diretor da sua peça. Está na hora dessa consciência se abrir para que a gente assuma a responsabilidade do nosso futuro", conclui.












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