Pela primeira vez na história, coroa passou por quatro meses de restauração.


Objeto sagrado fica instalado no pilar do barracão do terreiro
A Coroa de Xangô está de volta ao tradicional Terreiro da Casa Branca, em Salvador, localizado na avenida Vasco da Gama. Conhecido em Yorubá, como Ilê Axé Iyá Nassó Oká a coroa de Xangô passou quatro meses de restauração. A remontagem da peça começou na sexta-feira passada (10), tendo previsão para terminar nesta quarta-feira (15).
A coroa foi construída por Julieta Oliveira, também conhecida como Julieta de Oxum, em 1972. A obra artística e sagrada nunca tinha passado por uma grande intervenção e ficará pronta, no terreiro, sete dias antes da abertura do ciclo religioso da Casa Branca.
O objeto sagrado fica instalado no pilar do barracão ou casa principal do terreiro, e é onde acontecem as festas públicas. A coluna é considerada o centro simbólico e ritualístico desse espaço sagrado. Na cosmologia nagô esse local central é a representação material da ligação entre duas dimensões, o Aiyê (Terra, mundo dos vivos) e o Orum (Céu, domínio das divindades).A peça simbólica da Casa Branca é um ornamento feito em madeira e pedraria, confeccionada após a remoção de outra peça de opaca, mais antiga e cuja manufatura é atribuída ao africano e um dos fundadores da Casa Branca, Rodolfo Martins de Andrade, o renomado Tio Bamboxê.
A sua recuperação foi realizada pelo restaurador e professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, Dirson Argolo.
Um estudo prévio detectou problemas na peça como oxidação do verniz, fissuras e empeno, apodrecimento do forro, partes faltantes, deslocamento e perdas das folhas de compensado. Os restauradores trocaram 70% da madeira por cedro, reconstituíram as peças que faltavam, promoveram limpeza e imunização, reforçaram o verso de cada florão e a parte estrutural interna da coroa, fixada em barras de ferro.
O Terreiro da Casa Branca foi fundado no século 19 por um grupo de sacerdotisas africanas nagôs e é considerado matriz no Brasil de centenas de outros terreiros. Em 1984, a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional - Iphan, como primeiro centro religioso não-católico a ser reconhecido como patrimônio nacional pelo Ministério da Cultura.
Um estudo prévio detectou problemas na peça como oxidação do verniz, fissuras e empeno, apodrecimento do forro, partes faltantes, deslocamento e perdas das folhas de compensado. Os restauradores trocaram 70% da madeira por cedro, reconstituíram as peças que faltavam, promoveram limpeza e imunização, reforçaram o verso de cada florão e a parte estrutural interna da coroa, fixada em barras de ferro.
O Terreiro da Casa Branca foi fundado no século 19 por um grupo de sacerdotisas africanas nagôs e é considerado matriz no Brasil de centenas de outros terreiros. Em 1984, a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional - Iphan, como primeiro centro religioso não-católico a ser reconhecido como patrimônio nacional pelo Ministério da Cultura.
NOTA DO BLOG:
ESSA COROA DE XANGÔ, É UMA DAS COISAS MAIS LINDAS QUE JÁ VI EM TODA A MINHA VIDA.
QUEM SABE, MAIS TARDE PODEREI VISITAR ESSE LUGAR TÃO LINDO......
Boa Tarde,
ResponderExcluirTive conhecimento de que o nome do Tio Bamboxê era Rodolfo Martins de Argollo de Andrade. Era isso mesmo ou somente Rodolfo Martins de Andrade.