Linha dos ciganos: mediunidade combina com prosperidade financeira?





Temos, na Umbanda, a linha dos Ciganos, que nos trazem uma alegre mensagem de axé – força – para abundância, fartura e prosperidade em nossas vidas.É preciso falar um pouco da origem dos Ciganos, para entender seu trabalho e por que ele é realizado na Umbanda.Primeiramente, temos de desmistificar a imagem do andarilho cigano, malandro, ladrão, sequestrador de criancinhas, falastrão, desonesto. Isso foi fruto do preconceito diante dessa etnia
livre e alegre, principalmente pelo fato de a crença deles não ser católica, religião dominante, confundida com os estados monárquicos por muito tempo.Os Ciganos chegaram ao Brasil oficialmente a partir de 1574. Existiam disposições régias proibindo-os de entrarem em Portugal. Em 15 de julho de 1686, Dom Pedro II, rei de Portugal, em conluio com o clero sacerdotal da Igreja, determinou que os ciganos de Castela fossem exterminados e que seus
filhos e netos (ciganos portugueses) tivessem domicílio certo ou fossem enviados para o Brasil, mais especificamente para o Maranhão.Dom João V (1689-1750), rei de Portugal, decretou a expulsão das mulheres ciganas para as terras do pau-brasil. Por anos a fio, promulgaram-se dezenas de leis, decretos, alvarás, exilando os ciganos para os estados de Maranhão, Recife, Bahia e Rio de Janeiro, onde se encontravam os núcleos populacionais mais importantes da colônia portuguesa. Este mesmo rei, Dom João V, proibiu os ciganos de falar o romani, uma de suas línguas.Afirma-se que as mais importantes contribuições dos ciganos para o progresso e a prosperidade de nosso país foram negligenciadas até hoje pelos historiadores e livros escolares. Eles foram coparticipantes da integração e da expansão territorial brasileira. Ouso afirmar, ainda, que, se não fossem os ciganos, as comunidades de antigamente, pequenos centros habitacionais, vilarejos, teriam progredido muito mais lentamente.Os portugueses e africanos que vieram para cá não eram nômades. Os lusitanos procuravam fixar-se em terras alémmar, e os africanos fixavam-se a estes últimos como escravos.Então, de norte a sul, de leste a oeste, em todos os lugares, lá estavam os ciganos, livres, viajando em suas carroças, negociando animais, arreios, consertando engenhos, alambiques, soldando tachos, levando notícias, medicamentos, emplastros e também dançando, festejando e participando de atividades circenses.Alegres, prudentes, místicos, magos e excelentes negociantes, quando chegavam aos vilarejos conservadores, era comum senhoras se benzerem com os rosários em mãos, esconderem as crianças nos armários, pois chegavam os ciganos com suas crenças pagãs.Assim como os espíritos de negros e índios foram abrigados na umbanda, por falta de espaço para suas manifestações nas lides espíritas, todas as raças encontraram no mediunismo umbandista liberdade de expressão.


NOTA DO BLOG:

LINDO TEXTO, EXPLICOU EM POUCAS PALAVRAS NOSSA LINHA DE ATUAÇÃO.

PARABÉNS AO DIRIGENTE, NORBERTO PEIXOTO.

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