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ONGs ciganas saem em defesa de mãe que teve criança retirada à força em SP
Juiz promove audiência pública na tarde desta quinta-feira (16) em Jundiaí.
Advogado afirma que vai pedir liberação do bebê ainda hoje.





A mãe que teve a criança retirada (em pé) e outros ciganos antes da audiência em Jundiaí. (Foto: Roney Domingos/G1)


Quinze integrantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) de defesa de direitos da comunidade cigana se posicionaram em frente ao Fórum de Jundiaí na tarde desta quinta-feira (18) para acompanhar a audiência de conciliação que trata da menina de um ano e dois meses arrancada dos braços da mãe por uma integrante da Guarda Civil Municipal na segunda-feira (15). A Polícia Militar mantém uma base comunitária e um carro no local.
A audiência teve início às 16h. A cigana reencontrou a filha na manhã desta quinta.

De acordo com a acusação que deu origem ao procedimento investigatório e à ordem judicial para apreensão da criança, a mãe usava o bebê para sensibilizar a população da cidade a entregar esmolas em uma rua do centro de Jundiaí. A mãe, de origem cigana, afirma que ganha dinheiro apenas com a leitura de mãos e nega que tenha explorado a criança. O bebê foi levado para uma creche.

Márcia Yáskara Guelpa, da Associação de Preservação da Cultura Cigana (Apreci), disse ao G1 que a comunidade cigana entendeu que a apreensão da criança não levou em consideração a cultura da comunidade. "Ela não estava mendingando. Toda mãe cigana anda com o filho colado ao corpo. Me sinto totalmente insultada e perplexa. Vamos até o fim. Queremos saber o porquê disso", afirmou.

Azimar Olon, do Centro de Estudos e Resgate da Cultura Cigana, disse que as lideranças estão dispostas a dormir na praça em frente ao fórum até que a criança seja liberada. "Já estamos acostumados. Para nós não será nenhum esforço", afirmou.

O advogado Frederico de Pieri, contratado para defender a família no processo investigatório instaurado pela Justiça, afirmou que vai requerer ao juiz da Vara da Infância e Juventude de Jundiaí a liberação da criança, sob o argumento de que ela é bem tratada pela mãe e que tem residência fixa em Campinas, também no interior de São Paulo.



Em nota, a Prefeitura de Jundiaí disse que a Guarda Municipal "lamenta profundamente o ocorrido". "Não cabe à Guarda Municipal discutir e sim obedecer as razões que determinaram a decisão do Juiz da Vara da Infância e Juventude, dr. Jefferson Barbin Torelli. A ação foi realizada no estrito cumprimento de mandado judiciário, que não pode ser desobedecido."

NOTA DO BLOG:

PODEM CONTAR COMIGO ,EMERSON CICERO DE MATOS

Comentários

  1. E tudo por que? Por ser eu cigano. Os ciganos não têm olhos?

    Os ciganos não têm mãos, órgãos, dimensões, sentidos, inclinações, paixões?

    Não ingerem os mesmos alimentos, não se ferem com as armas,

    não estão sujeitos às mesmas doenças,

    não se curam com os mesmos remédios,

    não se aquecem e refrescam com o mesmo verão e o mesmo inverno

    que aquecem e refrescam os não-ciganos?

    (Aplicação de O Mercador de Veneza. Ato III, de Shakespeare)

    APESAR DO LADRAR DOS CÃES, NOSSA CARAVANA HÁ DE PASSAR...

    BJS* VIVIANE

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