CONCÍLIO DE NICEIA

Primeiro Concílio de Niceia


O Primeiro Concílio de Niceia ocorreu durante o reinado do imperador romanoConstantino I, o primeiro a aderir ao cristianismo, em 325.

Considerado como o primeiro dos três concílios fundamentais na Igreja Católica, foi a primeira conferência de bispos ecuménica (do Grego oikumene, "mundial") da Igreja cristã. Lidou com questões levantadas pela opinião Ariana da natureza de Jesus Cristo: se uma Pessoa com duas naturezas (humana e Divina) como zelava até então aortodoxia ou uma Pessoa com apenas a natureza humana.

Este Concílio deliberou sobre as grandes controvérsias doutrinais do Cristianismo nos séculos IV e V. Foi efetuada uma união entre o extraordinário eclesiástico dos conselhos e o Estado, que concedeu às deliberações deste corpo o poder imperial. Sínodos anteriores tinham-se dado por satisfeitos com a proteção de doutrinas heréticas; mas o concílio de Niceia foi caracterizado pela etapa adicional de uma posição mais ofensiva, com artigos minuciosamente elaborados sobre a fé. Este concílio teve uma importância especial também porque as perseguições aos cristãos tinham recentemente terminado, com o Édito de Constantino.

***A questão ariana representava um grande obstáculo à realização da ideia de Constantino de um império universal, que deveria ser alcançado com a ajuda da uniformidade da adoração divina***.

Os pontos discutidos no sínodo eram:

  • A questão ariana
  • A celebração da Páscoa
  • O cisma de Milécio
  • O baptismo de heréticos
  • O estatuto dos prisioneiros na perseguição de Licínio.

Embora algumas obras afirmem que no Concílio de Nicéia discutiu-se quais evangelhos fariam parte daBíblia não há menção de que esse assunto estivesse em pauta, nem nas informações dos historiadores do Concílio, nem nas Atas do Concílio que chegaram a nós em três fragmentos: o Símbolo dos apóstolos, os cânones, e o decreto senoidal. O Cânone Muratori, do ano 170, portanto cerca de 150 anos anterior ao Concílio, já mencionava os evangelhos que fariam parte da Bíblia. Outros escritores cristãos anteriores ao Concílio, como Justino, Ireneu, Papias de Hierápolis, também já abordavam a questão dos evangelhos que fariam parte da Bíblia.

É um fato reconhecido que o anti-judaísmo, ou o anti-semitismo cristão, ganhou um novo impulso com a tomada do controle do Império Romano, sendo o concílio de Niceia um marco neste sentido. Os posteriores Concílios da Igreja manteriam esta linha. O Concílio de Antioquia (341) proibiu aos cristãos a celebração da Páscoa com os Judeus. O Concílio de Laodicéia proibiu os cristãos de observar o Shabbat e de receber prendas de judeus ou mesmo de comer pão ázimo nos festejos judaicos.


A cristandade do século II não concordava sobre a data de celebração da Páscoa da ressurreição. As igrejas da Ásia Menor, entre elas a importante igreja de Éfeso, celebravam-na, juntamente com os judeus, no 14º dia da primeira lua da primavera (o 14º Nisan, segundo ocalendário judaico), sem levar em consideração o dia da semana. Já as igrejas de Roma e de Alexandria, juntamente com muitas outras igrejas tanto ocidentais quanto orientais, celebravam-na no domingo subseqüente ao 14º Nisan. Com vistas à fixação de uma data comum, em154 ou 155, o bispo Policarpo de Esmirna, entrou em contato com o papa Aniceto, mas nenhuma unificação foi conseguida e o assunto permaneceu em aberto.

***Foi no concílio de Niceia que se decidiu então resolver a questão estabelecendo que a Páscoa dos cristãos seria sempre celebrada no domingo seguinte ao plenilúnio*** após o equinócio da primavera. Apesar de todo esse esforço, as diferenças de calendário entre Ocidente e Oriente fizeram com que esta vontade de festejar a Páscoa em toda a parte no mesmo dia continuasse sendo um belo sonho, e isso até os dias de hoje.

Além desse problema menor, outra questão mais séria incomodava a cristandade católica:*** como conciliar a divindade de Jesus Cristo com o dogma de fé num único Deus?***

Na época a inteligência dos cristãos ainda estava à procura de uma fórmula satisfatória para a questão, embora já houvesse a consciência da imutabilidade de Deus e da existência divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Nesse quadro, um presbítero de nome Ário passa a defender em Alexandria a idéia de que Jesus é uma "criatura do Pai", não sendo, portanto, eterno. Em suas pregações, Ário por várias vezes insistia em afirmar em tom provocativo que "houve um tempo em que o Filho não existia". Dizia que Cristo teria sido apenas um instrumento de Deus mas sem natureza divina. A esse ensinamento de Ário aderiram outros bispos e presbíteros. Sobretudo, o bispo Eusébio de Cesaréia, conhecido escritor da igreja, que se colocou do lado de Ário.

Por outro lado, a doutrina de Ário, ou arianismo, foi prontamente repudiada pelo restante dos cristãos, que viam nela uma negação do dogma da Encarnação. O repúdio mais radical talvez Ário tenha encontrado no bispo Alexandre de Alexandria e no diácono Atanásio, que defendiam enfaticamente a divindade de Cristo. Um sínodo foi convocado e a doutrina do Ário foi excluído da igreja em 318. Mas o número de seus adeptos já era tão grande que a doutrina não pode ser mais silenciada. A situação se agravava cada vez mais e, desejoso de resolver de vez a questão, o imperador Constantino, que recentemente, no ano de 324 d.C., havia se tornado o imperador também do oriente convoca um concílio ecumênico.

Dado este importante, pois apesar de Constantino agora ser o imperador também do oriente mostra a independência que os Bispos orientais (a maioria no Concílio) tinham do seu recente imperador.



IMPERADOR CONSTANTINO I

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O fato de Constantino ser um imperador de legitimidade duvidosa foi algo que sempre influiu nas suas preocupações religiosas e ideológicas: enquanto esteve diretamente ligado a Maximiano, ele apresentou-se como o protegido de Hércules, deus que havia sido apresentado como padroeiro de Maximiano na primeira Tetrarquia; ao romper com seu sogro e eliminá-lo, Constantino passou a colocar-se sob a proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século anterior, Deus Sol Invicto, ao mesmo tempo que fez circular uma ficção genealógica (um panegírico da época, para disfarçar a óbvia invenção, falava, dirigindo-se retoricamente ao próprio Constantino, que se tratava de fato "ignorado pela multidão, mas perfeitamente conhecido pelos que te amam") pala qual ele seria o descendente do imperador Cláudio II - ou Cláudio Gótico - conhecido pelas suas grandes vitórias militares, por haver restabelecido a disciplina no exército romano, e por ter estimulado o culto ao Sol.

Constantino acabou, no entanto, por entrar na História como primeiro imperador romano a professar ocristianismo, na seqüência da sua vitória sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão.


NOTA DO BLOG:

O CONCÍLIO DE NICÉIA, FOI REALIZADO SOB A "PROTEÇÃO" DO IMPERADOR CONSTANTINO , COM O ARGUMENTO DE UNIR OS CRISTÃOS NO MUNDO TODO.

UNIR EM UM SÓ PENSAMENTO , O QUE VÁRIAS SEITAS INDEPENDENTES DISCORDAVAM ENTRE SI, SOBRE JESUS CRISTO.

O MESMO , NÃO SENDO IMPERADOR LEGÍTIMO E COM MEDO DE PERDER SEU REINO, ENTROU PARA O CRISTIANISMO, POIS ASSIM ,COM UM DEUS ÚNICO, O MESMO TERIA SEU PODER ACEITO.

OS PRECEITOS QUE OS CRISTÃOS SEGUEM ATÉ HOJE, FORAM AJUSTADOS,*** SOMENTE 325 ANOS APÓS O NASCIMENTO DE CRISTO ,PORTANTO, OS MESMOS FORMA DITADOS POR HOMENS , SENDO QUE ALGUNS "BISPOS", QUESTIONAVAM O "DIVÍNO" DE JESUS CRISTO, MAS, NUNCA DESACREDITANDO EM SEUS ENSINAMENTOS.

FORMA VÁRIOS ESCRITOS "EVANGELHOS" QUE FORAM TIRADOS DE FORA PARA A REALIZAÇÃO FINAL DA ESCRITURA SAGRADA A BÍBLIA, E ESSA ESCOLHA FOI FEITA POR HOMENS , OS QUAIS GUIADOS POR UM IMPERADOR QUE COM MEDO DE PERDER SEU TRONO , IDEALIZOU UM DEUS CRISTÃO ÚNICO, QUE ERA A ÚNICA VERDADE ESCRITA POR ELES , HOMENS.


EU ACREDITO NOS ENSINAMENTOS DA BÍBLIA, ANTES QUE FALEM ALGUMA COISA, MAS TEMOS O DIREITO DE SEGUIR O QUE NÓS PENSAMOS, POIS A MESMA BÍBLIA É REVISTA DE FORMAS DIFERENTES POR VÁRIOS SEGMENTOS CRISTÃOS.


PENSE.

A ÚNICA VERDADE ESTÁ EM DEUS, SÓ EM DEUS, EM MAIS NENHUM LIVRO, ESCRITO, MANIPULADO OU OUTROS ARTIFICIOS , PELO HOMEM.

EU ACREDITO EM DEUS E NÃO NO HOMEM

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