punk-pop-cigano-performático (Gogol Bordello )






Eu vim para Nova York para começar a revolta punk cigano.




Com integrantes saídos de países como Ucrânia, Israel, Etiópia, Estados Unidos, Equador, Rússia e China, o grupo Gogol Bordello se encaixa como poucos dentro da categoria "world music". O ponto é que eles detestam esse termo.

"É estúpido, racista. Como se dissessem: 'Aqui está a música americana, o resto é world music'. O que isso quer dizer?", revolta-se o vocalista e criador da banda, o ucraniano Eugene Hutz. Ele falou à Folha em Chicago, na sexta-feira passada. Naquele dia, o Gogol se apresentou no festival Lollapalooza e, poucas horas depois, fez show no clube Metro.

Se world music é um termo equivocado, mais apropriado é chamar a música do Gogol Bordello de punk-pop-cigano-performático. Ao vivo, isso é traduzido de forma festiva e caótica por nove pessoas, incluindo dançarinas e músicos que tocam acordeão, violino e percussão.

Apesar de toda a variedade, tanta gente e tantos instrumentos, a estrutura da música segue o padrão pop, alternando momentos lentos e rápidos, com refrão. Após 20 minutos, o show fica repetitivo.

Os integrantes foram recrutados por Hutz (ou Evgeny Aleksandrovitch Nikolaev, 35) em Nova York, cidade na qual ele morou após sair da Ucrânia e viver em comunidades ciganas da Polônia e Hungria.

"Quando os conheci, não estava procurando por ninguém em especial. Apenas aconteceu de encontrar essas pessoas", conta. E fala sobre o que o motivou a montar o Gogol Bordello: "O conceito era: fazer o melhor show de rock-cigano do mundo. E acho que estamos nos dando bem. Colocamos ênfase na performance, nas influências ecléticas. Não somos nem um pouco convencionais. Essa é a proposta: ser o mais anticonvencional possível".

O primeiro disco da banda, "Voi-La Intruder", saiu nos EUA em 2002. Pouco depois, veio "Multi Kontra Culti vs Irony". "Super Taranta!" recebeu, no ano passado, críticas favoráveis. Mas a alquimia do Gogol Bordello é melhor desenhada nas apresentações. No Metro, em Chicago, a banda fez show de quase duas horas em ritmo incessante.

"Somos uma banda movida por paixão. Nossas músicas não são feitas para tocar em rádio, mas hoje elas tocam porque as rádios têm de tocá-las, pois a banda se tornou popular."

NOTA DO BLOG: Diferente, maluco,porém muito legal. eu gostei deles, uma mistura de várias pessoas, vários gostos e costumes.bem cigano.....

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