UMBANDA NOS TEMPOS DA COLÔNIA





UMBANDA

Desde os períodos colonial e imperial, os brancos eram atraídos pelos aspectos mágicos da religião africana. Eles se aproximavam desses cultos especialmente em busca de cura ou de soluções para seus problemas cotidianos. Existe até mesmo um relato sobre D. João VI, que teria concedido uma pensão a um soldado negro porque ele “curava com auxilio de palavras poderosas”. Dessa forma, as religiões africanas foram sofrendo transformações. Nos centros urbanos, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, a presença do kardecismo (doutrina espírita organizada pelo francês Denizard Hyppolite León Rivail, que adotou o nome de Allan Kardec), acabou desenvolvendo uma transformação decisiva para práticas religiosas africanas.

Em estreita ligação com a doutrina Kardecista, a experiência religiosa fundamental da Umbanda é a comunicação mediúnica com o espírito dos mortos. Mas além da forte influência, das religiões africanas e do espiritismo da Umbanda, são incorporados elementos das crenças indígenas e do catolicismo. Os orixás do Candomblé original foram, pouco a pouco, sendo identificados com os santos católicos. Assim, Oxalá foi identificado com Jesus; Xangô, com São João Batista e São Jerônimo; Iansã, com Santa Bárbara; Ogum passou a ser relacionado com São Jorge; e Oxossi, a São Sebastião.O mensageiro dos deuses, Exu, foi popularmente identificado com o diabo cristão.

Na Umbanda, não é mais o Orixá que desce sobre o filho-de-santo. Agora, o cavalo, ou médium, é possuído por um espírito desencarnado. Diferentemente do Candomblé, em que os orixás baixam apenas para se exibir aos fiéis, na Umbanda, os espíritos se comunicam com os participantes.



TRECHO EXTRAÍDO:

Revista: RELIGIÃO
Editora: ON LINE
DIGITADO POR: JÚ ABATI

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