MISTÉRIOS DO POVO CIGANO

Ciganos na Umbanda

Assim como muitos grupos e massas coletivas são colocados em várias dimensões galácticas e destinados ao encarne, dentro de um critério divino de avaliação e evolução, a exemplo de Capela e outros, os Espíritos Ciganos que hoje levam esse nome e que foram trazidos para reencarne em massa em nosso planeta Terra de outra galáxia, imigrando por designação divina de outras dimensões planetárias, carregam consigo a sabedoria, os costumes e o conhecimento. Por milênios vêm reencarnando e seguindo a ordem natural da evolução, conseguindo através dos tempos conquistar seu próprio espaço entre os demais.
Assim, numerosas Correntes Ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles Espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem e aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor conhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo Astral seu paradeiro, como ocorre em todas outras correntes do Espaço.

O Povo Cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alcançado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de Espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.

A argumentação de que Espíritos de Ciganos não deveriam falar por meio de não-Ciganos, ou por médiuns não-Ciganos, ou que deveriam fazê-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente e está em desarranjo total com os ensinamentos da Espiritualidade e sua doutrina evangélica.

Os Espíritos Ciganos agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e têm um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e Falanges. Ao contrário do que se pensa, os Ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mal e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares. Trabalham preferencialmente na Vibração de Direita, e aqueles que trabalham na Vibração da Esquerda não são os mesmos Espíritos de ex-Ciganos que se mantêm na Direita ostentando a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existem são os Exus Ciganos e as moças ciganas , que são verdadeiros guardioês a serviço da lei nas trevas.

É importante que se esclareça que a vinculação vibratória e de Axé dos Espíritos Ciganos tem relação estreita com as cores utilizadas no culto e também com os incensos. Para o Cigano de trabalho, se possível, deve ser mantido um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultuá-lo no altar normal. Esse altar deve manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferência do Cigano em um suporte de alumínio. É importante fazer-lhe oferendas periódicas e mantê-lo iluminado sempre com vela branca e outra da cor referida. No caso das Ciganas, apenas alterar a bebida para licor doce.

Os Ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e o fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos. É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua.

Muitas vezes se formam no Espaço agrupamentos de Espíritos que conviveram em um mesmo clã e percorrem a caminhada da luz e dos trabalhos de caridade juntos, engrossando fileiras nas Correntes Ciganas. As Consagrações Ciganas devem ter sempre comidas nos ritual próprio, isto é, no Ritual Cigano.


Texto escrito por Nelson Pires Filho
(Rituais e Mistérios do Povo Cigano)




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