A MAGIA E A UMBANDA


A MAGIA

Nas religiões afro-brasileiras, o uso de magia é comum. Os adeptos executam elaborados rituais mágicos, os “trabalhos” e “despachos”, para desfazer maléficos causados por Exu ou por espíritos sofredores. Muitos desses trabalhos são destinados a chamar os espíritos baixos e ajuda-los, levando-os, aos poucos, rumo a sua verdadeira evolução.

Segundo praticantes de alguns ramos de religiões afro-brasileiras, muitas doenças físicas e psíquicas são causadas por trabalhos de magia negra ou por “encostos” – espíritos obsessores desencarnados que, por algum motivo, gravitam em torno da pessoa causando problemas de todo o tipo. Para combater esses transtornos, as vitimas dos despachos tomam banho de ervas especiais, oferecem alimentos e bebidas as entidades, riscam desenhos místicos no chão e queimam pólvora. Se a doença for provocada pelos fluidos negativos de um encosto, o pai ou mãe-de-santo recorre à magia para convocar entidades mais poderosas que irão expulsar o obsessor. Os trabalhos mágicos são potencializados se forem feitos na natureza, especialmente em lugares como cachoeiras e praias. Os despachos feitos para causar mal a alguém são, via de regra, executados em horas e lugares especiais. Acredita-se que os despachos colocados em encruzilhadas, cemitérios e praias podem causar maiores malefícios contra a pessoa a quem são destinados. Normalmente o feiticeiro sacrifica certos animais – sapos, gatos, galinhas, lagartos, bodes e até cavalos – para a entidade quibandeira e oferece comidas, bebidas e charutos junto com objetos pessoais daquele a quem deseja prejudicar.

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