O HOMEM QUE NÃO ACREDITAVA NO AMOR POR EMERSON C MATOS



E ele dizia, que sua barba branca, servia de assinatura, de que sua rebeldia, em não acreditar que o amor existia, tinha fundamento.
Pois a passagem do tempo, assim como a chuva e o vento, ensinaram que o amor vem e vai, 
conforme a sua intensidade e sua intenção.

Um coração, por mais duro que seja, sua alma que andeja, também busca uma paragem, para descansar, acalmar seu pranto, 
ter um alento, nem que seja em um pouco de tempo.
Mas sua sabedoria, adquirida com o sofrimento da razão, 
não importando o quanto provem, digam, refutem, sua alma tinha a certeza absoluta, quase impenetrável, que realmente, esse tal de amor, era apenas mais uma palavra encontrada no dicionário.

O amor, daqueles de filme, de histórias de amor, românticas ao extremo, daquelas que sonham os sonhadores, nunca o fora encontrado, então como acreditar que algo exista, 
já que o nunca o virá?

Todo tipo de experiências, já vivera.

Foi-lhe provado a existência do ar, mesmo sem ter condições em o olhar, mas o sentia a cada respirada, em cada sentido, 
em cada respirar,.
A morte, sabia que existia, pois muitos dos seus, 
a muito tempo se foram.
 Espíritos, fantasmas, daqueles que ninguém os viu, mesmo com certo calafrio, seus olhos já os fitaram, mas o amor, nem mais o intrépido marinheiro, poderia confirmar, a verdadeira existência dessa palavra, substantivo de amar.

Não, cara criatura humana, mutias vezes confundimos amar, com gostar, ter prazer em estar, ou realizar experiências, as vezes até místicas, fato esse constante em sua vida, que certo tempo, muito remoto tempo, até que um dia se pôs em aceitar, na existência do amor, mas a sua dor, nunca o deixou acreditar.

E para finalizar, deixando bem claro, minhas rugas, minhas unhas, minha barba, minha falta de afago, podem ser sinais do tempo, que teimam em lhe judiar, mas talvez, por medo, de ter ser coração partido, ou seus sonhos dilacerados, pode estar certo, ou pode estar errado, mas pode ser que sim, por não acreditar no amor, 
por nunca o ter encontrado.

Por Emerson C Matos

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